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Papers presented at eventsCopyright
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Sustainable Development Goals
01 Erradicação da pobreza03 Saúde e Bem-Estar
10 Redução das desigualdades
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APOIO INSTITUCIONAL NA GESTÃO FEDERAL DA ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE: ESTUDO SOBRE DEMOCRACIA E GESTÃO PÚBLICA
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Fiocruz Brasília. Brasília, DF, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Fiocruz Brasília. Brasília, DF, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Fiocruz Brasília. Brasília, DF, Brasil.
Abstract in Portuguese
Introdução A gestão pública em saúde tem sido permeada por
um conjunto recorrente de dificuldades, atinentes em particular
às características do Estado e da cultura política brasileiros.
Embora a metodologia do apoio institucional tenha sido proposta
como uma estratégia de enfrentamento desses aspectos
e de democratização das relações institucionais que permeiam
e conformam a gestão em saúde, é preciso considerar
que sua implementação ocorre em circunstâncias adversas,
em razão da cultura das organizações de saúde, das práticas
nelas instituídas e, principalmente, dos processos de subjetivação
hegemônicos no campo social. A estratégia do apoio
institucional depara-se com o fato de que os sujeitos sociais
que a colocarão em ação precisam aprender e produzir novas
relações e práticas institucionais, uma vez que também se
constituíram na tradição a ser superada, tanto em termos de
formação, como de experiência pessoal e profissional. Desta
forma, a pesquisa proposta busca contribuir para a reflexão
crítica sobre o processo político de implementação do Apoio
Institucional, a partir da realidade da Atenção Básica. Objetivos
Caracterizar a função apoio institucional na gestão federal
de políticas de saúde, a partir do campo de ação da Política
de Atenção Básica em Saúde, conduzida pelo Departamento
de Atenção Básica, do Ministério da Saúde. Busca-se mapear
atribuições, modos de inserção e estratégias de intervenção
do apoiador institucional do DAB/MS e investigar a implementação
do apoio institucional na atenção básica, com foco na
formação e subjetividade dos apoiadores, técnicos e dirigentes
do DAB/MS. Metodologia O projeto é baseado em uma
abordagem qualitativa, de caráter empírico-analítico, com a
utilização dos seguintes procedimentos de pesquisa: 1) Observação
de reuniões, eventos e ações relacionados ao Apoio
Institucional realizado pelo Departamento de Atenção Básica
do Ministério da Saúde (DAB/MS). Entre novembro de 2015 e
Dezembro de 2016 participamos dos seguintes eventos: 3 reuniões
de colegiado da Coordenação de Gestão da Atenção
Básica (DAB/MS) sobre a temática; 4 encontros de educação
permanente para discussão das experiências de apoio cional do grupo no período estudado, e observação participante
no VII Fórum Nacional de Gestão da Atenção Básica. 2)
Entrevista em profundidade com atores estratégicos: foram
entrevistados 18 técnicos da equipe de apoio centralizado, 5
apoiadores descentralizados e responsável pela coordenação
estudada. Resultados e Discussão Os dados produzidos com o
grupo da coordenação de gestão da atenção básica possibilitaram
a identificação de um conjunto de atributos criteriais da
função apoio na gestão federal. O principal deles concerne à
existência de uma relação estabelecida com um interlocutor
específico, que independe do modo como o apoio é realizado,
se por email, visita técnica, ou por telefone. A característica
relacional assenta-se na construção de vínculos como recursos
de gestão capaz de aproximar as diferentes realidades e
perspectivas da relação interfederativa, e gerar responsabilização.
Os dados revelam que o trabalho do apoio na gestão
federal requisita subsídios comumente relativos ao acesso e
disponibilização de informações estratégicas, o que por vezes
proporciona sua redução a uma relação instrumental. A
presença e compreensão do contexto local e/ou do território
foi em diferentes momentos enunciada como aspecto fulcral,
pelos deslocamentos subjetivos produzidos. Nesse processo
observamos uma tendência ue redução da relação interfederativa,
na medida em que por vezes os estados sumiram
do cenário discursivo, principalmente no que diz respeito à
implementação de políticas no território. Conclusões/Considerações
Finais Os dados coletados evidenciam uma tensão
entre as dimensões da “institucionalidade” (entendida como
formalidade) e a “pessoalidade” da relação estabelecida, significada
pela referência direta à subjetividade do trabalhador.
Ao mesmo tempo em que a dimensão institucional é o que
institui e justifica o apoio, já que a função requisita um mandato
formal, para o apoio existir na relação interfederativa
ele precisa constituir-se como uma relação social, permeada
pela circulação do dom, conforme referencial da teoria da Dádiva
de Allain Callé. O apoio demonstrou ser um contraponto
à limitação da formalidade institucional no mapeamento estratégico
das relações de força e poder que tecem a malha
estatal, possibilitando uma acurácia analítica, que poderia ser
definida como capacidade de manejar informações complexas
acessadas por outros regimes perceptivos e discursivos.
Referências Os dados coletados evidenciam uma tensão entre
as dimensões da “institucionalidade” (entendida como
formalidade) e a “pessoalidade” da relação estabelecida, significada
pela referência direta à subjetividade do trabalhador.
Ao mesmo tempo em que a dimensão institucional é o que
institui e justifica o apoio, já que a função requisita um mandato
formal, para o apoio existir na relação interfederativa ele
precisa constituir-se como uma relação social, permeada pela
circulação do dom, conforme referencial da teoria da Dádiva
de Allain Callé. O apoio demonstrou ser um contraponto à limitação
da formalidade institucional no mapeamento estratégico
das relações de força e poder que tecem a malha estatal,
possibilitando uma acurácia analítica, que poderia ser definida
como capacidade de manejar informações complexas acessadas
por outros regimes perceptivos e discursivos.
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