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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/48754
Type
DissertationCopyright
Open access
Sustainable Development Goals
03 Saúde e Bem-Estar05 Igualdade de gênero
10 Redução das desigualdades
16 Paz, Justiça e Instituições Eficazes
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USOS DA NOÇÃO DE EMPODERAMENTO NOS ESTUDOS SOBRE VIOLÊNCIA CONTRA MULHER NO CAMPO DA SAÚDE PÚBLICA
Violência contra a Mulher
Identidade de Gênero
Saúde Pública
Promoção da Saúde
Empoderamento
Pesquisa Qualitativa
Literatura de Revisão como Assunto
Saturnino, Christine de Morais | Date Issued:
2019
Alternative title
Uses of the notion of empowerment in studies on violence against women in the field of public healthAdvisor
Co-advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
A presente dissertação tem como objetivo geral analisar os usos e os sentidos da noção empoderamento na literatura acadêmica sobre Violência contra Mulher (VCM) do campo da Saúde Pública, nacional e internacional, em 10 anos (2007-2017). O método utilizado foi o da revisão integrativa e, a partir disso, pôde-se identificar a existência de três grandes grupos de estudos que fazem a articulação da noção de empoderamento como proposta de enfrentamento a VCM: (I) estudos que apresentam descrições teórico-conceituais acerca da noção de empoderamento, (II) estudos que apresentam meios/modos de mensurar o empoderamento e (III) estudos que apresentam exemplos de intervenções pautadas no uso de empoderamento. Por fim, conclui-se que a noção de empoderamento foi sendo articulada como proposta de enfrentamento da VCM a partir da denúncia que diferentes movimentos feministas fizeram acerca da existência das disparidades de poder entre os gêneros, que culminou com a incorporação da mesma nas pautas internacionais das agências de desenvolvimento. No campo específico da Saúde Pública, a articulação entre empoderamento e Violência contra Mulher foi iniciada a partir do momento em que o fenômeno da violência, para além da questão jurídica, passou a ser entendido também como questão de saúde \2013 o que foi estabelecido a partir do ideário de Promoção da Saúde, surgido na década de 1980. Observa-se a existência de uma concepção do empoderamento que desliza entre a descrição e a prescrição de meios e modos de enfrentamento da VCM, e que indica os avanços obtidos com o uso desta noção. No que diz respeito às limitações, observa-se por vezes o uso da noção de empoderamento sem reflexões críticas acerca das relações de poder na sociedade \2013 o que dissemina visões vagas e homogêneas de comunidades. Assumir o caráter relacional, tanto do poder, quanto do empoderamento, significaria aceitar sua interdependência com os diferentes atores e instituições que compõe a rede. Outro ponto curioso \2013 e também compreendido como sendo uma limitação \2013 diz respeito à ausência do conceito de interseccionalidade nos 35 estudos analisados, ainda que em muitos deles a categoria gênero apareça sobreposta a outros elementos estruturais (tais como raça, classe e, até mesmo, o estatuto de imigrante) na experiência de discriminação das mulheres.
Abstract
This dissertation aims to analyze the uses and meanings of the notion of empowerment in the academic literature on Violence against Women (VAM) in the field of Public Health, national and international, in 10 years (2007-2017). The method used was integrative review and, from this, it was possible to identify the existence of three large groups of studies that articulate the notion of empowerment as a proposal to confront VAM: (I) studies that present theoretical-conceptual description regarding the notion of empowerment, (II) studies that present means / ways of measuring empowerment, and (III) studies that present examples of interventions based on the use of empowerment. Finally, it is concluded that the notion of empowerment was articulated as a proposal to confront VAM based on the denunciation that different feminist movements made about the existence of power disparities between genders, which culminated with its inclusion in the international guidelines of development agencies. In the specific field of Public Health, the articulation between empowerment and Violence against Women was initiated as soon as the phenomenon of violence, in addition to the legal matter, started to be understood also as a health issue - which was established in the context of Health Promotion, emerged in the 1980s. It is observed that there is a conception of empowerment that slips between the description and prescription of ways and means of coping with VAW, and which indicates the advances obtained with the use of this notion. Regarding limitations, there is sometimes the use of the notion of empowerment without critical reflections on power relations in society - which disseminates vague and homogenous views of communities. Assuming the relational character of both power and empowerment would mean accepting its interdependence with the different actors and institutions that constitute the network. Another curious aspect - also understood as a limitation - concerns the absence of the concept of intersectionality in the 35 studies analyzed, although, in many of them, the gender category appears superimposed on other structural elements (such as race, class and even, immigrant status) in the experience of discrimination against women.
DeCS
Poder (Psicologia)Violência contra a Mulher
Identidade de Gênero
Saúde Pública
Promoção da Saúde
Empoderamento
Pesquisa Qualitativa
Literatura de Revisão como Assunto
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