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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/51606
Type
DissertationCopyright
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Sustainable Development Goals
03 Saúde e Bem-EstarCollections
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OFERTA E INSERÇÃO DO DIU DE COBRE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: FATORES DIFICULTADORES NO ÂMBITO DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA NO DF
Atenção primária à saúde
Estratégia de saúde da família
Anticoncepção
Fonsêca, Fabiana Soares | Date Issued:
2021
Author
Comittee Member
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola de Governo Fiocruz Brasília. Brasília, DF, Brasil.
Abstract in Portuguese
Objetivo: Conhecer os fatores que influenciam a disponibilidade da inserção de DIU por eSF, no DF. Métodos: Foi aplicada pesquisa amostral por meio de questionário online estruturado junto aos médicos e enfermeiros de família que atuam em uma das 603 eSF das 174 UBSs do DF para caracterizar os profissionais e contextos de atuação em relação ao tema. Resultados: Das 174 UBSs, em 107 (61,49%) pelo menos 1 profissional se manifestou, abrangendo todas as 6 regiões de saúde do DF. Dos 321 respondentes, após aplicados os critérios de inclusão e exclusão, restaram 285, resultando em uma margem de erro de 5,07% para 95% de nível de confiança, considerado o universo de aproximadamente 1.200 profissionais. A maioria dos participantes da pesquisa era composta por médicos (50,79%), de gênero feminino, casados(as) ou vivendo em união estável, com a faixa etária predominante de 30 e 40 anos. 60,94% é favorável à inserção de DIU por enfermeiros e enfermeiras. Cerca de 66% dos respondentes registrou que a inserção do DIU foi suspensa em decorrência da pandemia de coronavírus. Os profissionais apontaram os seguintes fatores impeditivos ou prejudiciais à inserção do DIU de cobre: Falta de treinamento (53,78%), sobrecarga de trabalho (37,45%), indisponibilidade de material (30,68%), revogação da nota técnica que autorizava a inserção do DIU por enfermeiros (30,28%), outros motivos, tais como problemas de gestão (18,73%) e motivos religiosos (11,16%). Para 10,76% não houve fator impeditivo ou prejudicial, e 2,97% entende que o DIU não deve ser inserido na APS Os profissionais também apontaram critérios para acesso ao DIU de cobre, sendo eles: não estar grávida (82,05%), não ter sinal de infecção local (70,94%), não ter sinais sugestivos de câncer de colo do útero (70,94%), ter coletado CCO recentemente (53,42%), indicação do médico ou enfermeiro (39,32%), ter participado do grupo de planejamento reprodutivo (33,76%), ter realizado USG (30,77%), ter acima de 18 anos (18,80%), estar menstruada (17,09%), outros critérios (11,54%) e ter filhos (6,84%). Conclusão: existem barreiras que dificultam o acesso à inserção do dispositivo intrauterino pelas usuárias das unidades básicas de saúde do Distrito Federal. Esses entraves dizem respeito aos excessos de critérios estabelecidos pelos serviços de saúde, limitação da atuação do enfermeiro, ausência de capacitação adequada e um protocolo pré-estabelecido para inserção desse dispositivo na atenção bá- sica, preferência de não inserção e escolha de outros métodos contraceptivos vindo dos profissionais de saúde devido à sobrecarga de trabalho ou medo de falhas e à gestão e organização do serviço.
Abstract
Objective: To know the factors that influence the availability of IUD insertion by family health care teams in Distrito Federal. Methods: A sample research was applied through a structured online questionnaire with doctors and family nurses who work in one of the 603 family health teams of the 174 primary health care units in Distrito Federal, to characterize the professionals and their contexts. Results: From a total of 174 primary health care units, in 107 (61.49%) at least 1 professional manifested, covering all 6 Distrito Federal’s health regions. From 321 respondents, after applying the inclusion and exclusion criteria, 285 remained, resulting in a margin of error of 5.07% for a 95% confidence level, considering the universe of approximately 1,200 professionals. Most research participants were doctors (50.79%), female, married or living in a stable relationship, with the predominant age group of 30 and 40 years. 60.94% support the insertion of an IUD by nurses. About 66% of respondents reported that IUD insertion was suspended due to the coronavirus pandemic. The professionals pointed out the following obstacles to the insertion of the copper IUD: Lack of training (53.78%), work overload (37.45%), unavailability of material (30.68%), revocation of technical note authorizing the insertion of the IUD by nurses (30.28%), other reasons, such as management problems (18.73%) and religious reasons (11.16%). For 10.76% there wasn’t obstacles, and 2.97% understand that the IUD should not be inserted at primary health care The professionals also pointed out criteria for accessing the copper IUD: not being pregnant (82.05%), not having a sign of local infection (70.94%), not having signs suggestive of cervical cancer (70 .94%), a recent Papanicolaou test (53.42%), referral from a doctor or nurse (39.32%), having participated in the reproductive planning group (33.76%), having performed USG (30, 77%), being over 18 years old (18.80%), menstruating (17.09%), other criteria (11.54%) and having children (6.84%). Conclusion: there are barriers that hinder access to the insertion of the intrauterine device by users of basic healthcare units in the Federal District. These obstacles concern the excess of criteria established by the health services, limitation of the nurse's work, lack of adequate training and a preestablished protocol for IUD insertion in primary health care, professional preference for noninsertion or other contraceptives methods preference due to work overload or fear of failure, and due the management and service organization.
Keywords in Portuguese
Dispositivos Intrauterinos de CobreAtenção primária à saúde
Estratégia de saúde da família
Anticoncepção
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