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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/53182
DETERMINAÇÃO DO ESTADO DE ACETILAÇÃO DO POLISSACARÍDEO CAPSULAR E PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE CEPAS DE NEISSERIA MENINGITIDIS SOROGRUPO C CIRCULANTES NO BRASIL NOS PERÍODOS PRÉ E PÓS-VACINAL
Neisseria meningitidis Sorogrupo Cefeitos dos fármacos
Infecções Meningocócicas
Azevedo, Aline Carvalho de | Date Issued:
2019
Author
Advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
A doença meningocócica (DM) é uma infecção grave causada pela Neisseria meningitidis (meningococo). O meningococo é classificado em sorogrupos de acordo com composição da cápsula polissacarídica. O sorogrupo C é atualmente o principal responsável pelos casos de DM no Brasil, constituindo um sério problema de Saúde Pública. As vacinas meningocócicas disponíveis contra o sorogrupo C são desenvolvidas a partir do polissacarídeo capsular (PSC), que é altamente imunogênico. A vacina meningocócica sorogrupo C conjugada (MenC) é capaz de induzir resposta imune em níveis aceitáveis, além de provocar resposta Tdependente e memória imunológica, sustentando sua eficácia. Em 2010, a MenC foi inserida no calendário do Programa Nacional de Imunizações. A constatação de uma variação estrutural do PSC (O-acetilado e de-O-acetilado) levou a identificação de 12 a 15% de cepas com o PSC de-O-acetilado nos EUA e Reino Unido, respectivamente. A vacina produzida com o PSC de-O-acetilado do sorogrupo C (NeisvacC®) apresentou capacidade de induzir títulos de IgG duas vezes maiores e atividade bactericida mais acentuada contra os PSC Oacetilado e de-O-acetilado, quando comparada a MenC. A partir da década de 70, a maior imunogenicidade verificada em NeisvacC® foi sugerida como alternativa na prevenção do sorogrupo C. Para o melhor entendimento da biologia das cepas brasileiras circulantes, utilizamos nesse estudo métodos imunológicos e moleculares com o objetivo de determinar, pela primeira vez, o estado da acetilação do PSC do meningococo C no Brasil Paralelamente, foram gerados dados epidemiológicos baseados nas relações clonais (MLST) e nos antígenos vacinais entre as amostras avaliadas. Entre os ensaios imunoenzimáticos testados, o ELISA whole cell apresentou melhores resultados, mas não foram suficientemente capazes de detectar informações precisas sobre a de-O-acetilação do PSC. A análise do gene oatC, mostrou que deleções nucleotídicas formando regiões variáveis (RV) na sequência de aminoácidos, presente somente em cepas de-O-acetiladas, podem estar envolvidas na de-Oacetilação do PSC devido a alterações na enzima O-acetiltransferase. Assim, foram identificadas 23% de cepas de-O-acetiladas. Dados inferidos antes e após o período introdutório da MenC indicam que a de-O-acetilação do PSC está presente, pelo menos, a partir de 2007, não havendo correlação entre o estado de acetilação do PSC, o perfil clonal e fenótipos identificados. O perfil antigênico das cepas circulantes no Brasil mostrou a prevalência do fenótipo C: P1.22,14-6,36-2: F3-9: ST-3780 (CC103). A análise dos antígenos vacinais demonstrou que a vacina proteica contra o sorogrupo B (Bexsero®) induz baixa resposta imune contra cepas brasileiras sorogrupo C, não sendo suficiente para proteger contra este sorogrupo. De acordo com os dados previamente relatados, NeisvacC® se apresenta como uma alternativa imunológica contra cepas de-O-acetiladas, visto o significativo percentual de circulação dessas cepas no Brasil
DeCS
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