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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/56531
CUSTO DO HIV/AIDS E DE SUAS COMPLICAÇÕES CARDIOVASCULARES E RENAIS CRÔNICAS, NA PERSPECTIVA DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE, EM 2019
Oliveira, Andréia Pereira da Silva | Date Issued:
2022
Advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola de Governo Fiocruz. Brasília, DF, Brasil.
Abstract in Portuguese
Introdução: O HIV/AIDS apresenta alta carga de doença em termos mundiais, apesar dos avanços com o tratamento e investimentos em programas de prevenção. Objetivo: Estimar o custo do HIV/AIDSe de suas complicações como doenças cardiovasculares e doença renal crônica atribuíveis ao HIV, na perspectiva do Sistema Único de Saúde,em 2019.Método:Trata-se de um estudo decusto da doença, com abordagem de cima para baixo (top-down)e baseado na prevalência. Utilizou-se o Risco Atribuível Populacional (RAP) para estimar a fração das doenças cardiovasculares(infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral) e doença renalcrônica atribuíveis ao HIV. Os custos diretos foram obtidos nos Sistemas de Informações do Ministério da Saúde(SIA/SUS e SIH/SUS)e em informações fornecidas por meio da Lei de Acesso àInformação. Resultados:O custototal do HIV/AIDSe da fração atribuível ao HIV/AIDSdas doenças cardiovasculares e da doença renal crônica no SUS foi de R$ 2.066.321.423,14em 2019, sendo que os medicamentos antirretrovirais representaram 72,9% do total dos custos. A fração atribuível ao HIV/AIDS das doenças cardiovasculares e da doença renal crônica foi em torno de R$ 57,3 milhões, sendo que a doença renal crônica apresentoumaior participação nos custosatribuíveis doHIV em relação as demais doenças (92,5%). Os custos com prevenção e promoção da saúde relacionados ao HIV/AIDS representaram 21%do custo total estimado. Conclusão:Nossos resultados apontaram para uma alta carga econômica do HIV/AIDS no Brasil, principalmente devido ao tratamento medicamentoso. No entanto, identificou uma baixa proporção dos custos atribuíveis ao HIV/AIDSdas doenças cardiovasculares e renais crônicas, embora essas doenças apresentem alta carga econômica no sistema de saúde brasileiro. Isto se deve essencialmente à baixa prevalência do HIV/AIDS no Brasil conseguida mediante forte atuação do Estado via ações de prevenção e promoção da saúde.
Abstract
Introduction:HIV/AIDS has a high burden of disease worldwide –despite advances in treatment and investments in prevention programs.Objective: To estimate the cost of HIV/AIDS and its complications such as cardiovascular disease and chronic kidney disease attributable to HIV, from the perspective of the Unified Health System, in 2019. Method: This is a cost-of-disease study, with a top-down approach and based on prevalence. Population Attributable Risk (PAR) was used to estimate the fraction of cardiovascular disease(acute myocardial infarction and stroke) and chronic kidney disease attributable to HIV. Direct costs were obtained from the Information Systems of the Ministry of Health (SIA/SUS and SIH/SUS) and from information provided through the Access to Information Law. Results: The total cost of HIV/AIDS and the fraction attributable to HIV/AIDS of cardiovascular diseases and chronic kidney disease in the SUS was BRL 2,066,321,423.14 in 2019, with antiretroviral drugs accounting for 72.9% of the total costs. The fraction attributable to HIV/AIDS of cardiovascular diseases and chronic kidney disease was around R$ 57.3 million, with chronic kidney disease having a greater participation in the attributable costs of HIV in relation to other diseases (92.5%). HIV/AIDS-related prevention and health promotion costs accounted for 21% of the estimated total cost. Conclusion: Our results point to a high economic burden of HIV/AIDS in Brazil, mainly due to drug treatment. However, itidentified a low proportion of the costs attributable to HIV/AIDS from cardiovascular and chronic kidney diseases, although these diseases have a high economic burden on the Brazilian health system. This is essentially due to the low prevalence of HIV/AIDS in Brazil, achieved through strong State action via prevention and health promotion actions.
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