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Type
DissertationCopyright
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Sustainable Development Goals
03 Saúde e Bem-EstarCollections
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MORTALIDADE DOMICILIAR NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19 EM 2020
Análise Espacial
Estudo Observacional
Distribuição Temporal
Estudos Ecológicos
Estudos Transversais
COVID-19
Azevedo, Nathalie Rodrigues Pontes | Date Issued:
2022
Alternative title
Home deaths in the municipality of Rio de Janeiro during the COVID-19 pandemic in 2020Co-advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Em 2020, primeiro ano da pandemia de COVID-19, foi observado excesso de mortalidade no Brasil e especificamente na cidade do Rio de Janeiro. O objetivo deste estudo é caracterizar a distribuição temporal, espacial, demográfica e por causa dos óbitos domiciliares no município do Rio de Janeiro, antes e durante o primeiro ano da pandemia de COVID-19. Trata-se de um estudo observacional com três componentes: i) estudo de ecológico, de série temporal, para analisar a taxa de mortalidade segundo local de ocorrência (hospital, outro estabelecimento de saúde, domicílio, via pública, outros) e a taxa de mortalidade domiciliar (TMD) específica segundo causa básica e características demográficas (idade, sexo) e a proporção de óbitos domiciliares por raça/cor e escolaridade, no período 2010-2020, em residentes com quinze anos ou mais no MRJ; ii) estudo seccional para avaliar o número de óbitos por todas as causas em residentes do MRJ com quinze anos ou mais segundo local de ocorrência e sua relação com o número de casos de COVID-19 e a oferta de leitos hospitalares ao longo do ano 2020; e iii) estudo ecológico, utilizando análise espacial para observar a variação espaço-temporal dos óbitos domiciliares de 2010 a 2020 por Região Administrativa (RA). Resultados: A variação percentual da taxa de mortalidade por local de ocorrência de 2019 para 2020 evidenciou aumento de de 22,3% dos óbitos hospitales; 18,1% em outros estabelecimentos de saúde; 25,5% no domicílio; e 112% em via pública. Nos óbitos domiciliares, foi observado aumento de 381% das causas do grupo das Doenças Infecciosas e Parasitárias, 111,7% dos transtornos mentais e 170% das causas mal definidas. Verificou-se aumento da TMD em todas as faixas etárias, exceto dos 15-19 anos, sendo o maior aumento em jovens de 20-29 anos (41%); bem como aumento da proporção em pessoas de raça/cor preta (5,73%) e nos indivíduos com nenhuma escolaridade (11,3%) e com a 1-3 anos de estudo (10,4%). Nos mapas temáticos, a proporção de RA com taxa de mortalidade domiciliar superior a 200 por 100 mil habitantes passou de 18,18% em 2019 para 51,51% em 2020. Na varredura espaço-temporal, foram detectados dois clusters. No primário, 2016-2020, a maior TMD foi na RA Copacabana (298,86 por 100 mil hab). No secundário, detectado pontualmente em 2020, a maior TMD ocorreu em Guaratiba (282,44 por 100 mil hab). Conclusão: Foi observado excesso de mortalidade no primeiro ano da pandemia de COVID- 19. O maior aumento de óbitos em domicílio e em via pública, e a mudança do perfil de mortalidade domiciliar em relação ao período pré-pandêmico, sugere a ocorrência de desassistência em saúde no ano de 2020.
Abstract
In 2020, the first year of the COVID-19 pandemic, excess mortality was observed in Brazil and specifically in the city of Rio de Janeiro. The objective of this study is to characterize the temporal, spatial, demographic, and cause distribution of household deaths in the municipality of Rio de Janeiro before and during the first year of the COVID-19 pandemic. This is an observational study with three components: (i) ecological, time-series study to analyze the mortality rate according to place of occurrence (hospital, other health facility, home , public road, other) and the specific household mortality rate (TMD) according to underlying cause and demographic characteristics (age, sex) and the proportion of household deaths by race/color and education, in the period 2010-2020, in residents aged fifteen years or older in MRJ; ii) sectional study to assess the number of all-cause deaths in MRJ residents aged fifteen years and older according to place of occurrence and its relationship with the number of COVID-19 cases and the supply of hospital beds over the year 2020; and iii) ecological study, using spatial analysis to observe the spatial-temporal variation of household deaths from 2010 to 2020 by Administrative Region (AR). Results: The percentage variation of the mortality rate by place of occurrence from 2019 to 2020 evidenced an increase of 22.3% of hospital deaths; 18.1% in other health facilities; 25.5% in the home; and 112% on public roads. In deaths at home, there was an increase of 381% in the Infectious and Parasitic Diseases group, 111.7% in mental disorders, and 170% in ill-defined causes. There was an increase in TMD in all age groups except 15-19 years, with the greatest increase in 20-29 year olds (41%); as well as an increase in the proportion in people of black race/color (5.73%) and in individuals with no schooling (11.3%) and 1-3 years of schooling (10.4%). On the thematic maps, the proportion of AR with a household mortality rate of more than 200 per 100,000 population increased from 18.18% in 2019 to 51.51% in 2020. In the spatial-temporal scan, two clusters were detected. In the primary, 2016-2020, the highest TMD was in RA Copacabana (298.86 per 100 thousand inhabitants). In the secondary, detected punctually in 2020, the highest TMD occurred in Guaratiba (282.44 per 100,000 inhabitants). Conclusion: An excess mortality was observed in the first year of the pandemic of COVID-19. The greater increase in deaths at home and on public roads, and the change in the profile of household mortality in relation to the pre-pandemic period, suggests the occurrence of unassisted health care in the year 2020.
DeCS
MortalidadeAnálise Espacial
Estudo Observacional
Distribuição Temporal
Estudos Ecológicos
Estudos Transversais
COVID-19
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