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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/61516
PARA REPENSAR LA EPILEPSIA
Urbaneja Durant, Maria Lourdes | Date Issued:
1989
Alternative title
To rethink epilepsyAdvisor
Co-advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
O presente trabalho constituiu um esforço de Repensar a Epilepsia, também como condição social. Esse esforço nos levou, antes de tudo, a investigar a construção do conceito em sua dimensão histórica, identificando as rupturas e continuidades teóricas que indicavam diferentes formas de conceituar a doença e diferentes formas de abordá-la, em termos de conhecimento e prática médica. Também para reconhecer que o conceito de Epilepsia que prevalece hoje, uma disfunção ou alteração quantitativa da atividade elétrica cerebral, foi traduzido ao nível da prática médica no estudo da epilepsia ou para ser mais exato no estudo e tratamento de "crises epilépticas ". Identificar como, a partir desse conceito, se estabelecem práticas de intervenção baseadas em projetos terapêuticos, clínicos e tecnológicos voltados para diagnosticar e tratar, atuando sobre a doença, que se resume a uma medicalização do cuidado. Verificar como a Epilepsia ainda hoje é percebida como uma doença estigmatizante, o que se explica por mudanças nos valores culturais e científicos, nos juízos de valor do homem na sociedade, em diferentes momentos de seu desenvolvimento. Em segundo lugar, analisamos a forma como a Epilepsia tem sido investigada a partir da Epidemiologia convencional, discutindo as limitações metodológicas dos modelos que têm sustentado o pensamento epidemiológico, que tem resultado em reducionismo na interpretação e explicação dos fenômenos da Epilepsia. A partir desse contexto, procuramos contribuir para a discussão de um quadro conceitual mais amplo e abrangente para explicar a dimensão social dos fenômenos da Epilepsia, tomando como referencial teórico as contribuições da corrente da medicina social na América Latina. Propusemos alguns elementos teóricos conceituais, baseados na categoria de reprodução social e nos espaços da realidade onde esses fenômenos se expressam, que nos permitiriam compreendê-los e explicá-los, sem nos desvincularmos de suas determinações mais gerais, sem separar os fenômenos biológicos individuais de os processos sociais que estão em sua determinação. A partir desta proposta tentamos um primeiro olhar para a realidade da Epilepsia, tal como se observa nos sistemas de cuidados médicos, constatando limitações que para além do método são explicadas pelos modelos de cuidados predominantes na prática médica. Apesar dessas limitações, esta primeira aproximação da proposta teórica à realidade concreta da Epilepsia, nos forneceu indicações que visam reforçar nossa hipótese de que as condições perinatais são uma expressão das condições de vida da mãe e das possibilidades de acesso e disponibilidade de serviços assistenciais, comportando-se de maneira diferente em indivíduos e em grupos sociais. O objetivo central deste trabalho foi tentar contribuir de alguma forma para a discussão que deve ocorrer em torno do estudo da Epilepsia, tanto no campo da neurologia quanto no da Epidemiologia.
Abstract
This work constitutes an effort to Rethink Epilepsy, also as a social condition. This effort led us, first of all, to investigate the construction of the concept in its historical dimension, identifying the theoretical ruptures and continuities that indicate different ways of conceiving the case and different ways of approaching it, in terms of knowledge and medical practice. Also to reconfirm that the concept of Epilepsy that prevails today, a dysfunction or quantitative alteration of cerebral electrical activity, was translated to the level of medical practice in the study of epilepsy or, to be more precise, in the study and treatment of "epileptic seizures." Identify how, from this conception, intervention practices based on therapeutic, clinical and technological projects aimed at diagnosing and treating are established, acting on the task, which is summarized as a medicalization of care. Verify how Epilepsia is still perceived as a stigmatizing condition, or that it is explained by changes in cultural and scientific values, in our judgments of human value in society, at different moments of its development. Secondly, we analyze how Epilepsy has been investigated from conventional Epidemiology, discussing the methodological limitations of two models that are supported by epidemiological thinking, which result in reductionism in the interpretation and explanation of Epilepsy phenomena. From this context, we try to contribute to the discussion of a broader and more open conceptual framework to explain the social dimension of the epilepsy phenomena, taking as a theoretical reference the contributions of the current social medicine in Latin America. We proposed some conceptual theoretical elements, based on the category of social reproduction and in the spaces of reality where these phenomena are expressed, which would allow us to understand and explain them, without detaching ourselves from their more general determinations, without separating the individual biological phenomena from The social processes that are in their determination. From this proposal we attempt to take a first look at the reality of Epilepsy, as observed in medical care systems, noting limitations that, in addition to the method, are explained by the predominant care models in medical practice. Despite these limitations, this first approximation of the theoretical proposal to the concrete reality of Epilepsy, provided us with indications that aim to reinforce our hypothesis that perinatal conditions are an expression of the mother's living conditions and the possibilities of access and availability of care services, involving occurs differently in individuals and in social groups. The central objective of this work was to try to contribute in some way to the discussion that should take place around the study of Epilepsy, both in the fields of neurology and Epidemiology.
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Resumen: El presente trabajo constituyó un esfuerzo por Repensar la Epilepsia, como condición también social. Este esfuerzo nos llevó en primer lugar a indagar la construcción del concepto en su dimensión histórica identificando las rupturas y continuidades teóricas que señalaron diferentes formas de conceptualización de la enfermedad y diferentes formas de abordarlas, en términos del saber y de la práctica médica. Igualmente a reconocer, que el concepto de Epilepsia que hoy prevalece, una disfunción o alteración cuantitativa de la actividad eléctrica cerebral, se tradujo a nivel de la práctica médica en el estudio de las epilepsias o para ser mas exacto en el estudio y tratamento de las "crisis epilépticas". A identificar cómo a partir de ese concepto se establecen prácticas de intervención en base a proyectos terapéuticos, clínicos y tecnológicos destinados a diagnosticar y tratar, a actuar sobre la enfermedad, lo que se resume en una medicalización de la atención. A constatar cómo la Epilepsia es percibida aún hoy como una enfermedad estigmatizante, lo que se explica en los cambios de valores culturales y científicos, en los juicios de valor de los hombres en la sociedad, en los diferentes momentos de su desarrollo. En segundo lugar analizamos la forma como la Epilepsia ha sido investigada desde la Epidemiología convencional, discutiendo las limitaciones metodológicas de los modelos que han sustentado el pensamiento epidemiológico, lo que se ha traducido en un reduccionismo en la interpretación y explicación de los fenómenos de la Epilepsia. Desde este contexto intentamos contribuir a la discusión de un marco conceptual más amplio, más comprensivo para explicar la dimensión social de los fenómenos de la Epilepsia, teniendo como referencial teórico los aportes de la corriente de la medicina social en America Latina. Propusimos algunos elementos teórico conceptuales, a partir de la categoría de reproducción social y de los espacios de la realidad donde se expresan estos fenómenos, que permitiera comprenderlos y explicarlos, sin desvincularmos de sus determinaciones más generales, sin separar los fenómenos biológicos individuales de los procesos sociales que están en su determinación. Desde esta propuesta intentamos una primera mirada a la realidad de la Epilepsia, tal como es observada en los sistemas de atención médica, constatando limitaciones que más allá del método son explicadas por los modelos de atención predominantes en la práctica médica. A pesar de estas limitaciones esta primera aproximación de la propuesta teórica a la realidad concreta de la Epilepsia, nos aportó indicios que apuntan a reforzar nuestra hipótesis de que las condiciones perinatales son expresión de las condiciones de vida de la madre y de las posibilidades de acceso y disponibilidad de los servicios de atención, comportándose de manera diferencial en individuos y en los grupos sociales. El objetivo central de este trabajo, fué tratar de contribuir, de aportar de alguna manera a la discusión que debedarse en torno al estudio de la Epilepsia, tanto en el campo de la neurología, como en el de la Epidemiología
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