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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/65028
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ThesisCopyright
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Sustainable Development Goals
01 Erradicação da pobreza02 Fome zero e agricultura sustentável
10 Redução das desigualdades
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SONO, ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E FATORES SOCIOECONÔMICOS EM ADULTOS BRASILEIROS: PESQUISA NACIONAL DE SAÚDE 2019
Sono
Índice de Massa Corporal
Fatores Socioeconômicos
Índice de Massa Corporal
Fatores Socioeconômicos
Apneia Obstrutiva do Sono
Inquéritos Epidemiológicos
Adulto
Síndromes da Apneia do Sono
Distúrbios do Sono por Sonolência Excessiva
Regressão Logística
Surveys
Social Inequalities
Sleep
Nutritional Status
Socioeconomic Factors
Santos, Mayara Oliveira de Alencar | Date Issued:
2024
Alternative title
Sleep, Body Mass Index, and Socioeconomic Factors of Brazilian Adults: National Health Survey 2019Advisor
Co-advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
O sono é uma condição biológica inerente aos animais, que ocorre em ciclos diários definidos entre período de repouso e vigília. Esse repouso está envolvido na homeostase do organismo e exerce importante efeito regulatório das funções metabólica, cognitiva e emocional, sendo, dessa forma, essencial à saúde. Fatores de nível individual como as características socioeconômicas e de saúde são associados com problemas do sono, como baixa renda, escolaridade, más condições de trabalho e obesidade. Considerando o padrão de sono como um aspecto que se modifica ao longo da vida, e sua associação a fatores socioeconômicos e à existência de desigualdades de gênero em saúde, o objetivo geral desta tese foi identificar e analisar a relação entre problemas de sono, IMC e fatores socioeconômicos por sexo em adultos brasileiros, através dos dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) em 2019. Os objetivos específicos foram avaliar a prevalência de problemas de sono e sua relação com o IMC segundo sexo (artigo 1) e investigar a relação dos problemas de sono com marcadores socioeconômicos por sexo (artigo 2). Foi considerado com problemas de sono o indivíduo que relatou ter dificuldade para adormecer, acordar frequentemente à noite ou dormir mais do que de costume nas duas últimas semanas anteriores à pesquisa. As frequências consideradas foram “não possui problemas de sono”, “possui problemas de sono em menos da metade dos dias” e “possui problemas de sono em mais da metade dos dias” As variáveis de exposição foram: IMC classificado em baixo peso/ eutrofia, sobrepeso e obesidade (artigo 1) e as socioeconômicas utilizadas foram: situação ocupacional (empregadores, desocupados, fora da força de trabalho, ocupados formais e ocupados informais), escolaridade (0-8 anos, 9-11 anos, 12 anos ou mais), renda em salários mínimos per capita (até 1 SM, > 1 SM e < 2 SM e mais que 2 SM) e região (Sudeste, Nordeste, Norte, Centro-Oeste e Sul) (artigo 2). As prevalências de problemas de sono e seus respectivos intervalos de confiança (IC) de 95% foram descritos de acordo com características demográficas e socioeconômicas. Para avaliar a associação entre problemas com o sono e as variáveis de exposição foram estimadas Odds Ratio (OR) e seus respectivos intervalos de confiança de 95% por meio de modelos de regressão logística multinomial estratificados por sexo. Para cada covariável foram construídos modelos brutos e ajustados considerando o desfecho “frequência de problemas de sono”, onde a categoria de referência foi “não possui problemas de sono”. No primeiro artigo, o IMC foi associado aos problemas de sono e à medida que houve progressão nas categorias do peso corporal, houve acréscimo na chance de ter o agravo Esse efeito foi mais expressivo para as mulheres, bem como as maiores prevalências e ORs. Obesidade, idade, escolaridade, não ter trabalho remunerado, tabagismo e atividade física apresentaram relação com o desfecho. Já no segundo artigo, os problemas de sono foram associados aos marcadores socioeconômicos. E o efeito também foi mais expressivo nas mulheres. A chance de ter maior frequência de problemas de sono foi maior nas desocupadas (OR= 1,75), ocupadas informais (OR= 1,35), mulheres com baixa escolaridade (OR= 1,23) e baixa renda (OR= 1,41) quando comparadas aos seus pares. Concluímos que a relação entre problemas de sono e IMC e com os fatores socioeconômicos revelou-se particularmente significativa entre as mulheres. Aquelas com piores condições de trabalho, educação e renda, mesmo quando ajustadas para as possíveis variáveis de confundimento, tiveram chances mais elevadas de apresentar o agravo. São necessárias estratégias preventivas e intervenções direcionadas, especialmente para mulheres, visando melhores condições de cuidado da saúde do sono de forma eficaz e equitativa, considerando fatores individuais e sociais.
Abstract
Sleep is a biological condition inherent to animals, which occurs in daily cycles defined between periods of rest and wakefulness. This rest is involved in the body's homeostasis and has an important regulatory effect on metabolic, cognitive and emotional functions, thus being essential to health. Individual-level factors such as socioeconomic and health characteristics are associated with sleep problems, such as low income, education, poor working conditions and obesity. Considering the sleep pattern as an aspect that changes throughout life, and its association with socioeconomic factors and the existence of gender inequalities in health, the general objective of this thesis was to identify and analyze the relationship between sleep problems, BMI and socioeconomic factors by sex in Brazilian adults, using data from the National Health Survey (PNS) in 2019. The specific objectives were to evaluate the prevalence of sleep problems and their relationship with BMI according to sex (article 1) and investigate the relationship between sleep problems with socioeconomic markers by sex (article 2). Individuals were considered to have sleep problems if they reported having difficulty falling asleep, waking up frequently at night or sleeping more than usual in the last two weeks prior to the survey. The frequencies considered were “does not have sleep problems”, “has sleep problems on less than half of the days” and “has sleep problems on more than half of the days” The exposure variables were: BMI classified as underweight/normal weight, overweight and obesity (article 1) and the socioeconomic variables used were: occupational status (employers, unemployed, out of the workforce, formally employed and informally employed), education (0 -8 years, 9-11 years, 12 years or more), income in minimum wages per capita (Up to 1 MW, > 1 MW and < 2 MW and More than 2 MW) and region (Southeast, Northeast, North, Center- West and South) (article 2). The prevalence of sleep problems and their respective 95% confidence intervals (CI) were described according to demographic and socioeconomic characteristics. To evaluate the association between sleep problems and exposure variables, Odds Ratio (OR) and their respective 95% confidence intervals were estimated using multinomial logistic regression models stratified by sex. For each covariate, crude and adjusted models were constructed considering the outcome “frequency of sleep problems”, where the reference category was “does not have sleep problems”. In the first article, BMI was associated with sleep problems and as there was progression in body weight categories, there was an increase in the chance of having the problem. This effect was more significant for women, as well as higher prevalences and ORs Obesity, age, education, not having paid work, smoking and physical activity were related to the outcome. In the second article, sleep problems were associated with socioeconomic markers. And the effect was also more significant in women. The chance of having a higher frequency of sleep problems was higher among unemployed (OR= 1.75), informal workers (OR= 1.35), women with low education (OR= 1.23) and income (OR= 1.41) when compared to their peers. We concluded that the relationship between sleep problems and BMI and socioeconomic factors was particularly significant among women. Those with worse working conditions, education and income, even when adjusted for possible confounding variables, had higher chances of presenting the problem. Preventive strategies and targeted interventions are needed, especially for women, aiming for better sleep health care conditions in an effective and equitable way, considering individual and social factors.
Keywords in Portuguese
Inquéritos PopulacionaisSono
Índice de Massa Corporal
Fatores Socioeconômicos
DeCS
SonoÍndice de Massa Corporal
Fatores Socioeconômicos
Apneia Obstrutiva do Sono
Inquéritos Epidemiológicos
Adulto
Síndromes da Apneia do Sono
Distúrbios do Sono por Sonolência Excessiva
Regressão Logística
Surveys
Social Inequalities
Sleep
Nutritional Status
Socioeconomic Factors
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