Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/66058
Type
ArticleCopyright
Open access
Sustainable Development Goals
03 Saúde e Bem-EstarCollections
Metadata
Show full item record4
CITATIONS
4
Total citations
1
Recent citation
2.01
Field Citation Ratio
n/a
Relative Citation Ratio
MEDICALIZAÇÃO, DESMEDICALIZAÇÃO, POLÍTICAS PÚBLICAS E DEMOCRACIA SOB O CAPITALISMO
Medicalización, desmedicalización, políticas públicas y democracia bajo el capitalismo
Alternative title
Medicalization, demedicalization, public policies and democracy under capitalismMedicalización, desmedicalización, políticas públicas y democracia bajo el capitalismo
Affilliation
Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública. Departamento de Prática de Saúde Pública. São Paulo, SP, Brasil.
Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública. São Paulo, SP, Brasil.
Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública. São Paulo, SP, Brasil.
Abstract in Portuguese
A expansão da influência da medicina sobre problemas sociais e questões morais tem sido objeto de intensas discussões, mas muitos especialistas reclamam que a análise tem perdido rigor. Neste ensaio, recuperamos os sentidos mais profundos do termo medicalização e discutimos duas hipóteses inter-relacionadas: se as políticas públicas com impacto positivo sobre os níveis de saúde populacional cumpririam um papel desmedicalizante e se o aprofundamento da democracia poderia ser considerado uma condição imprescindível para enfrentar os processos medicalizantes. Com base na literatura, identificam-se conceitos nucleares relacionados às principais forças motrizes dos processos de medicalização e também mudanças associadas ao controle aumentado sobre a natureza que modifica a vida como a conhecemos, e destaca-se o avanço da ordem econômica capitalista sobre outras esferas como o Estado e a comunidade. Diante deste contexto, argumenta-se que qualquer perspectiva desmedicalizante de longo alcance dependeria ao menos de duas hipóteses inter-relacionadas que correspondem ao modelo que orienta a resposta às necessidades de saúde e à força da democracia em seu duplo sentido, seja como categoria política capaz de colocar os setores majoritários da sociedade no centro das decisões do Estado, seja como categoria econômica capaz de alterar os efeitos econômicos do capitalismo nas relações Estado-sociedade.
Abstract
The expansion of the influence of medicine
on social demands and moral issues has been the subject
of intense discussions, but many experts claim that the
analysis has lost rigor. By this essay, we recover the
deeper senses of the term medicalization and discuss two
interrelated assumptions: if public policies with a positive impact on the population health levels would meet
a demedicalizing role and if the deepening of democracy
could be considered an essential condition to face the
medicalizing processes. We summarize core concepts
related to the main driving forces of medicalization
processes and also changes associated with increased
control over nature transforming life as we know it,
highlighting the advance of capitalist economic order
on other spheres as the state and the community. We
argue that any long-range demedicalizing perspective
would depend at least two hypotheses interrelated,
corresponding to the model that guides the response
to health needs, and the strength of democracy in its
double meaning, either as a politics category able to
put the majority sectors of society at the heart of state
decisions, either as an economic category able to change
the economic effects of capitalism in the state-society
relations.
Share