A prática docente por meio do livro "Minha amiga piolhenta" e a perspectiva socioantropológica da pediculose na escola

Abstract

Este trabalho de dissertação apresenta a perspectiva socioantropológica da pediculose de professores de uma escola da rede municipal do Rio de Janeiro, assim como uma formação em ensino de ciências por investigação para mitigar essa problemática no ambiente escolar. Esta é uma pesquisa qualitativa, cujo objetivo foi investigar como o livro “Minha Amiga Piolhenta” pode ser utilizado nas escolas por professores como recurso, metodológico, paradidático, no ensino de ciências por investigação no contexto da pediculose nas escolas, como recurso metodológico, paradidático, no ensino de ciências por investigação. Além disso, verificou quais representações sociais os professores demonstram sobre a infestação por piolhos. Para tanto, foi utilizada a metodologia do discurso do sujeito coletivo-DSC, por meio do preenchimento de questionário aberto com quatro questões sobre a pediculose nas escolas. Por conseguinte, foi realizada uma formação de professores em ensino de ciências por investigação, finalizada com a entrega de um plano de aula, o qual foi analisado sob os critérios familiaridade, reconhecimento e fidelidade. O corpo teórico baseou-se nos determinantes socioantropológicos do estigma em saúde e da violência estrutural, aliados à pedagogia freiriana e ao ensino de ciências por investigação. A percepção desses professores sobre a pediculose configurou-se na ideia de que o determinante da infestação é a higiene, deixando evidente a importância da educação desses profissionais neste contexto; A formação de professores utilizando a abordagem didática mostrou-se importante para ruptura de ideias equivocadas em torno das concepções socioculturais no contexto da pediculose na escola ao se investigar e discutir a problemática contextualizando com a realidade escolar; os planos de aula mostram-se potencias ferramentas para construção de conhecimento para mitigar conceitos equivocados da infestação por Pediculus humanus capitis, combatendo o estigma e a violência estrutural.