A prevenção do HIV e da Aids na atenção primária à saúde do Distrito Federal: possibilidades e combinações

Abstract

Objetivo: O presente estudo busca identificar as ações e estratégias de prevenção ao virus da imunodeficiencia humana (HIV) e da sindrome da imunodeficiencia adquirida (aids), executadas na atenção primária em saúde (APS) do Distrito Federal (DF), analisando a relação dessas ações com a atual estrutura de serviços da Secretaria de Saúde para, por fim, apresentar recomendações e produtos técnicos para seu aprimoramento. Método: Foi realizado estudo quantitativo, exploratório e descritivo-analítico, examinando a execução de ações de prevenção ao HIV e aids nas 175 unidades básicas de saúde (UBS) e analisando a relação dessas ações com a estrutura dos serviços e sua implantação na rede. Os dados foram extraídos dos sistemas de informação da Secretaria de Saúde do DF, dos anos de 2023 e 2024, a fim de apresentar recomendações e produtos técnicos que aprimorem a execução das ações. Resultados: As ações de prevenção ao HIV e aids estão sendo executadas na APS de forma parcial. O fornecimento de insumos estão disponíveis todas as UBS, mas as tecnologias mais atuais, na perspectiva da Prevenção Combinada ao HIV, ainda estão em implementação, estando em todas as Regiões de Saúde do DF, porém abrangendo cerca de 10% das UBS. Considerações: A resposta brasileira para a prevenção e controle do HIV e da aids foi construída ao longo do próprio processo de consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS) A articulação com a sociedade civil e o acesso universal à prevenção e ao tratamento a constituiu como um dos melhores programas públicos de saúde, apesar dos tabus, estigma e preconceitos em relação ao HIV e aids e às populações mais vulnerabilizadas. A ampliação das ações de prevenção na APS do DF está ocorrendo de forma gradual, necessitando ainda implementar normas e capacitar mais profissionais de saúde. Porém o volume realizado pelas UBS em pouco tempo de ampliação demonstra a sua importancia e o potencial de realizar ações com evidências de efetividade, integradas a todos os níveis de atenção e articulada com as populações que vivem nos territórios.