Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/69666
SAÚDE OBSTÉTRICA INDÍGENA: MORTALIDADE MATERNA E ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL EM MATO GROSSO DO SUL
Assistência Pré-Natal
Saúde da Mulher
População Indígena
Desigualdades em Saúde
Prenatal Assistance
Women’s Health
Indigenous Peoples
Health Inequalities
Cuidado Pré-Natal
Saúde da Mulher
Iniquidades em Saúde
Serviços de Saúde Materno-Infantil
Povos Indígenas
Saúde de Populações Indígenas
Revisão
Maternal Mortality
Prenatal Assistance
Women’s Health
Indigenous Peoples
Health Inequalities
Abreu, Gislaine Recaldes de | Date Issued:
2023
Alternative title
Indigenous obstetric health: Maternal mortality and prenatal care in Mato Grosso do SulAuthor
Advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
A presente tese pretende contribuir a respeito das condições de saúde da mulher indígena no Brasil e em Mato Grosso do Sul, e será apresentada em formato de coletânea com a apresentação de seus resultados em formato de artigos. O objetivo geral desta tese foi descrever a saúde obstétrica de muheres indigenas, segundo à mortalidade materna no Brasil e à assistência pré-natal em Mato Grosso do Sul. O primeiro artigo trata-se de uma revisão crítica das publicações referentes à mortalidade materna indígena no Brasil, durante o período de 2000-2020. A coleta de dados ocorreu nas bases de dados: LILACS, PubMed, Scielo, Google Acadêmico, Biblioteca de teses e Dissertações (BDTD), e catálogo de teses e dissertações da CAPES. As evidências científicas apresentadas nos estudos selecionados demonstram a magnitude da mortalidade materna indígena, os determinantes sociais envolvidos e a necessidade de estudos que investiguem a saúde materna indígena no Brasil, em especial as condições de atenção pré-natal, parto e puerpério ofertados pelo Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SASI) e rede de serviços do SUS. Nesse sentido, o segundo artigo analisou a adequação da assistência pré-natal ofertada à mulher indígena no Estado de Mato Grosso do Sul, e sua associação com características maternas e do serviço de saúde. Trata-se de um estudo transversal, de abrangência estadual, com 461 mulheres indígenas que tiveram partos e/ou receberam atendimento pós-parto imediato em doze unidades hospitalares e uma casa de parto normal localizadas em dez municípios do referido Estado, realizado entre 2021 e 2022 em duas etapas: na primeira foi realizada uma entrevista com a mulher indígena, na segunda etapa foi realizada uma consulta à caderneta da gestante, na qual foram coletados dados referentes às características obstétricas e de realização do pré-natal atual Considerou-se desfecho a realização de um pré-natal minimamente adequado. A assistência pré-natal foi classificada como adequada quando a mulher iniciou o pré-natal no 1º trimestre gestacional, realizou sete ou mais consultas e teve os resultados registrados dos exames de rotina preconizados no pré- natal. As características maternas associadas à adequação do pré-natal foram: etnia, região e local de moradia, e as do serviço foi o atendimento realizado por equipe multiprofissional. Os resultados das razões de chances indicaram que mulheres indígenas que residiam na região Leste do Estado têm cerca de cinco vezes (IC 95%: 2,6 - 8,4) mais chances de realizarem um pré-natal adequado, quando comparadas às mulheres que residiam na região Sul. Assim como, mulheres atendidas por equipe multiprofissional têm cerca de quatro vezes (IC 95%: 2,0 -6,5) mais chances de ter um pré-natal adequado, quando comparadas as que foram atendidas por equipe uniprofissional. O estudo mostrou que a maioria das mulheres entrevistadas iniciou o pré-natal no primeiro trimestre gestacional, mais da metade realizaram sete ou mais consultas. Entretanto, a realização de um pré-natal adequado ocorreu em menos de um quarto destas mulheres. Evidenciando que a adequação do pré-natal, quando avaliada por critérios mais abrangentes, mostra-se insatisfatória, refletindo a persistência de desigualdades na assistência ofertada às mulheres indígenas durante a realização do pré-natal.
Abstract
This thesis aims to contribute regarding the health conditions of indigenous women in Brazil and Mato Grosso do Sul. It will be presented in the form of a collection with the presentation of its results in the form of articles. The overall objective of this thesis was to describe the obstetric health of indigenous women in relation to maternal mortality in Brazil and prenatal care in Mato Grosso do Sul. The first article is a critical review of publications concerning indigenous maternal mortality in Brazil during the period from 2000 to 2020. Data collection was conducted in databases such as LILACS, PubMed, Scielo, Google Scholar, the Library of Theses and Dissertations (BDTD), and the catalog of theses and dissertations from CAPES.The scientific evidence presented in the selected studies demonstrates the magnitude of indigenous maternal mortality, the social determinants involved, and the need for studies that investigate indigenous maternal health in Brazil, particularly the conditions of prenatal care, childbirth, and postpartum care offered by the Indigenous Health Care Subsystem (SASI) and the Brazilian Unified Health System (SUS) service network. In this context, the second article analyzed the adequacy of prenatal care offered to indigenous women in the state of Mato Grosso do Sul, and its association with maternal characteristics and healthcare service factors. This cross-sectional study encompassed 461 indigenous women who had deliveries and/or received immediate postpartum care in twelve hospitals and one normal birthing center located in ten municipalities of the state. The study was conducted between 2021 and 2022 in two stages: the first stage involved an interview with the indigenous women, while the second stage involved a consultation of the pregnant women's records, collecting data on obstetric characteristics and current prenatal care The outcome considered was the achievement of minimally adequate prenatal care. Prenatal care was classified as adequate when the woman initiated prenatal care in the first trimester, had seven or more visits, and had the recommended routine prenatal examination results recorded. Maternal characteristics associated with prenatal care adequacy were ethnicity, region, and place of residence, while a multi-professional healthcare team was a service-related factor. The odds ratios indicated that indigenous women residing in the Eastern region of the state were about five times (95% CI: 2.6 - 8.4) more likely to receive adequate prenatal care compared to those residing in the Southern region. Similarly, women attended by a multi-professional team were about four times (95% CI: 2.0 - 6.5) more likely to have adequate prenatal care compared to those attended by a uniprofessional team. The study showed that the majority of interviewed women initiated prenatal care in the first trimester, and more than half had seven or more visits. However, the attainment of adequate prenatal care was observed in less than a quarter of these women. This highlights that the adequacy of prenatal care, when assessed using broader criteria, is unsatisfactory, reflecting persistent inequalities in the care provided to indigenous women during prenatal care.
Keywords in Portuguese
Mortalidade MaternaAssistência Pré-Natal
Saúde da Mulher
População Indígena
Desigualdades em Saúde
Keywords
Maternal MortalityPrenatal Assistance
Women’s Health
Indigenous Peoples
Health Inequalities
DeCS
Mortalidade MaternaCuidado Pré-Natal
Saúde da Mulher
Iniquidades em Saúde
Serviços de Saúde Materno-Infantil
Povos Indígenas
Saúde de Populações Indígenas
Revisão
Maternal Mortality
Prenatal Assistance
Women’s Health
Indigenous Peoples
Health Inequalities
Share