Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/69556
REFORMA DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL: CONTRADIÇÕES NA DISPUTA POR HEGEMONIA NO REGIME DE ACUMULAÇÃO FLEXÍVEL
Ramos, Marise Nogueira | Date Issued:
2007
Alternative title
Professional education reform: contradictions in the fight for hegemony in the flexible accumulation systemAuthor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / Universidade Federal Fluminense. Niterói, Rj, Brasil.
Abstract in Portuguese
Este texto comenta e debate algumas idéias apresentadas por Kuenzer em artigo deste número, sob a perspectiva das disputas hegemônicas de grupos que ocupam o aparelho de Estado na sua relação com a sociedade civil. Retomamos a análise de forças políticas que influenciaram a reforma feita pelo decreto nº 2.208/97 discutindo a opção do primeiro governo Lula em redirecionar a política pública de educação profissional na direção de compromissos assumidos com os setores progressistas. Não obstante, este processo trouxe contradições no conteúdo e na forma da 'nova' política. A educação profissional no Brasil, mesmo em tempos de complexificação da base técnico-científica da produção, ocupa-se da formação para o trabalho simples, enquanto utiliza dispositivos de controle simbólico, associados à idéia de cidadania e de intervenção social. Em relação ao trabalho complexo, os projetos em discussão não trazem à cena a necessária publicização da produção de ciência e tecnologia, a ser orientada pela vinculação orgânica entre educação omnilateral e politécnica dos trabalhadores, política pública de ciência e tecnologia e projeto de nação soberana. Concluímos que essa concepção ainda não é hegemônica na sociedade civil nem prioridade no aparelho governamental. A análise desses fenômenos e suas contradições, nos fazem aprender com a história.
Abstract
This article comments on and debates a few
ideas presented by Kuenzer in an article published in
this edition regarding the perspective of the hegemonic contentions among the groups that occupy the
State in its relationship with the civil society. We
have resumed the analysis of the public forces that influenced the reform made by decree # 2.208/97 by
discussing the choice made by the first Lula administration to redirect the public professional education
policy towards the commitments taken-on with progressive sectors. Nonetheless, this process brought
contradictions to the ‘new’ policy’s content and form.
Brazil’s professional education, even in an era in
which the technical and scientific base of production
has become more complex, seeks to qualify people for
simple work while using symbolic control devices in
association with the idea of citizenship and social intervention. So far as complex work is concerned, the
projects under discussion do not bring the needed
science and technology production publicization under the spotlight, one that should be guided by the
organic bind between the workers’ omnilateral and
polytechnic education, public policy for science and
technology, and the design of a sovereign nation. We
conclude this conception is neither hegemonic in the
civil society nor a governmental priority. By analyzing these phenomena and their contradictions, we
can learn with history.
Share