Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/61570
EPIDEMIAS E OS AVISOS SURDOS DA HISTÓRIA
Epidemias y los sordos avisos de la historia
Peritos urbanos
Higiene social e moral
Lisboa e Porto oitocentistas
Alternative title
Epidemics and the silent warnings of historyEpidemias y los sordos avisos de la historia
Author
Affilliation
Universidade Nova de Lisboa. Lisboa, Portugal.
Universidade de Lisboa. Lisboa, Portugal.
Universidade de Lisboa. Lisboa, Portugal.
Abstract in Portuguese
Neste artigo, analisamos o impacto das epidemias em duas cidades portuguesas – a capital, Lisboa, e a cidade do Porto, nodo de uma rede comercial intensa, de meados do século XIX até ao final da primeira década do século XX. Sendo ambas cidades portuárias de um país europeu, periférico, mas com um vasto império colonial, a prevenção e a aplicação de medidas de combate às epidemias, foram, e continuam a ser, fundamentais na gestão, muitas vezes precária, das crises sanitárias. Não temos dúvidas que as reflexões que estes dois casos de estudo nos proporcionam podem ser facilmente recuperadas e readaptadas para a análise da pandemia global da COVID-19. Podemos usar a investigação histórica sobre a forma como temos lidado, enquanto sociedade, com as epidemias e pandemias para melhor atravessarmos os actuais momentos de incerteza e de espanto e definirmos acções futuras que sejam eficazes na alteração das condições que levaram a, em pleno século XXI, parar o mundo. Se é, naturalmente, impossível prever datas e contornos exactos da ocorrência das próximas epidemias, é possível criar as condições locais, nacionais e globais, tanto ao nível ambiental e social, como institucional e político para que lhes possamos responder com muito maior eficácia. Mais que reagir, teremos que ser capazes de antecipar.
Abstract
In this article we analyze the impact of epidemics in two Portuguese cities – Lisbon, the capital
city, and the city of Porto, the hub of an intense commercial network – from mid-19th century
to the end of the first decade of the 20th century. As port cities of a peripheral European
country with a vast colonial empire, the prevention and application of measures to combat
epidemics were fundamental in the, often precarious, management of health crises. They still
are. We argue that the reflections provided by these two case studies can be easily recovered
as guides in the analysis of the present global COVID-19 pandemic. Historical research on
how societies have dealt with epidemics and pandemics in the past help to understand
current moments of uncertainty and astonishment, and to outline effective future actions to
avoid the adverse conditions that put the whole world to a halt, in 2020. Of course, it is
impossible to predict the exact dates and contours of the occurrence of the next epidemics,
but it is necessary to create the local, national and global conditions, both at the environmental and social, as well as institutional and political levels, which will enable us to
respond to them effectively. More than react, we need to anticipate.
xmlui.dri2xhtml.METS-1.0.item-abstractes
En este artículo analizamos el impacto de las epidemias en dos ciudades portuguesas –
Lisboa y Oporto, nodos de una red comercial intensa – desde mediados de siglo XIX hasta
finales de la primera década de siglo XX. Siendo ambas ciudades portuarias y de un país
europeo periférico, pero con un vasto imperio colonial, la prevención y aplicación de medidas
para combatir las epidemias fueron (y continúan siendo) fundamentales en la gestión
(muchas veces precaria) de las crisis sanitarias. No tenemos duda que las reflexiones que
estos dos casos nos proporcionan pueden ser fácilmente recuperadas y adaptadas para el
análisis de la pandemia de COVID-19. Podemos usar la investigación histórica sobre la forma
como hemos lidiado, en cuanto sociedad, con las epidemias y pandemias para atravesar, de
la mejor manera posible, los momentos actuales de incertidumbre y de desconcierto, y poder
definir efectivas acciones futuras que puedan alterar las condiciones que llevaron a parar el
mundo en pleno siglo XXI. Si bien es naturalmente imposible prever las fechas y devenires
exactos de los acontecimientos de las próximas epidemias, es posible crear las condiciones
locales, nacionales y globales, tanto a nivel ambiental y social, como institucional y político,
para que podamos responder con mucha más eficacia. Más que actuar, tenemos que ser
capaces de anticipar.
Keywords in Portuguese
EpidemiasPeritos urbanos
Higiene social e moral
Lisboa e Porto oitocentistas
Share