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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/66278
MODOS DE PARTICIPAÇÃO E ‘VÍNCULOS PROFISSIONAIS’ DE JOVENS DE ENSINO MÉDIO PARTICIPANTES DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA
Sousa, Isabela Cabral Félix de | Date Issued:
28 dez. 2008
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio. Laboratório de Iniciação Científica na Educação Básica. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
Este trabalho tem como proposta discutir os modos de participação diferenciados e alguns vínculos profissionais criados pelos adolescentes que participam ou participaram do Programa de Vocação Científica da Fundação Oswaldo Cruz. Apresentam-se alguns resultados de três pesquisas qualitativas e participantes com alunos e egressos do programa desde 2005 até 2008. Tem-se como meta discutir, à luz da literatura, as escolhas pela Iniciação Científica feitas por jovens em contextos em que há cada vez mais pressão para maiores níveis educacionais lado a lado com a dificuldade, principalmente para os mais jovens, de obter e manter o emprego. Encontrou-se, proporcionalmente, uma maior participação voluntária masculina que feminina nas entrevistas em todas as três pesquisas. Este resultado contrasta com o maior número de moças entre os alunos do Provoc. De fato, a predominância feminina ao longo dos vinte e dois anos do programa representa quase 70%. Pergunta-se se a metodologia usada possa ter contribuído para promover a adesão masculina, visto na divulgação coletiva aos alunos de uma das pesquisas, houve a descrição da predominância feminina no Provoc como objeto a ser discutido. No entanto, nas outras duas pesquisas não foram propostas aos participantes temas ligados a questões de gênero, e em termos percentuais, os rapazes participaram e têm participado mais. Indagando ainda sobre os motivos pessoais pelos quais a entrevista teria atraído alguns alunos e egressos e não outros, uma série de razões para a auto seleção são plausíveis: disponibilidade, curiosidade, extroversão, gratidão, submissão e/ou autoconfiança. De qualquer modo, os alunos e egressos que circulam mais e buscam mais formas de participação, que não as prescritas pelo Provoc, parecem também ser os mesmos que têm mais chances de entender o mundo da ciência de modo mais amplo e fazer uso disto para caminhar com maior firmeza nas oportunidades da carreira científica. Pode ser também que sendo o mundo da ciência marcadamente masculino, os rapazes mais que às moças, estejam mais tranquilos para esta circulação e busca. Assim, talvez haja necessidade de programas incentivarem formas de participação mais emancipatórias para as moças e que vão para além da simples questão de acesso e participação no que já é pré-estabelecido seja pela coordenação do Provoc ou pelos laboratórios.
Abstract
This paper aims to discuss the different forms of participation and some professional ties created by adolescents who participate or have participated in the Scientific Vocation Program of the Oswaldo Cruz Foundation. Some results of three qualitative studies and participants with students and alumni of the program from 2005 to 2008 are presented. The goal is to discuss, in light of the literature, the choices made by young people for Scientific Initiation in contexts where there is increasing pressure for higher educational levels, combined with the difficulty, especially for the youngest, of obtaining and maintaining employment. Proportionally, there was a greater voluntary participation of men than women in the interviews in all three studies. This result contrasts with the greater number of girls among the Provoc students. In fact, the female predominance throughout the twenty-two years of the program represents almost 70%. One wonders whether the methodology used may have contributed to promoting male participation, given that in the collective dissemination to students of one of the surveys, there was a description of the female predominance in Provoc as an object to be discussed. However, in the other two surveys, no topics related to gender issues were proposed to the participants, and in percentage terms, boys participated and have participated more. Further inquiring about the personal reasons why the interview would have attracted some students and graduates and not others, a series of reasons for self-selection are plausible: availability, curiosity, extroversion, gratitude, submission and/or self-confidence. In any case, the students and graduates who circulate more and seek more forms of participation, other than those prescribed by Provoc, also seem to be the same ones who are more likely to understand the world of science in a broader way and to use this to move more firmly towards opportunities in a scientific career. It may also be that, since the world of science is markedly male, boys, more than girls, are more relaxed about this circulation and search. Thus, perhaps there is a need for programs to encourage more emancipatory forms of participation for girls that go beyond the simple question of access and participation in what is already pre-established, either by the Provoc coordination or by the laboratories.
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Este trabajo tiene como objetivo discutir las diferentes formas de participación y algunos vínculos profesionales creados por adolescentes que participan o han participado en el Programa de Vocación Científica de la Fundación Oswaldo Cruz. Se presentan algunos resultados de tres encuestas cualitativas y participativas realizadas con estudiantes y egresados del programa entre 2005 y 2008. El objetivo es discutir, a la luz de la literatura, las elecciones de Iniciación Científica realizadas por los jóvenes en contextos en los que cada vez hay más presencia. Más presión para niveles educativos más altos junto con la dificultad, especialmente para los más jóvenes, de obtener y mantener un empleo. Hubo proporcionalmente mayor participación masculina que femenina en las entrevistas en las tres encuestas. Este resultado contrasta con el mayor número de niñas entre los estudiantes de Provoc. De hecho, el predominio femenino a lo largo de los veintidós años que lleva el programa representa casi el 70%. Cabe preguntarse si la metodología utilizada pudo haber contribuido a promover la adhesión masculina, ya que en la difusión colectiva a los estudiantes de una de las encuestas se describió el predominio femenino en Provoc como objeto a discutir. Sin embargo, en las otras dos encuestas no se propusieron a los participantes temas vinculados a cuestiones de género y, en términos porcentuales, los chicos participaron y han participado más. Indagando más sobre las razones personales por las que la entrevista habría atraído a algunos estudiantes y graduados y no a otros, son plausibles una serie de razones para la autoselección: disponibilidad, curiosidad, extroversión, gratitud, sumisión y/o confianza en uno mismo. En cualquier caso, los estudiantes y egresados que más circulan y buscan más formas de participación, distintas a las prescritas por Provoc, también parecen ser los mismos que tienen más posibilidades de comprender el mundo de la ciencia de una manera más amplia y aprovechar sus ventajas. esto para avanzar con mayor firmeza en las oportunidades de carrera científica. También puede ser que, como el mundo de la ciencia es marcadamente masculino, los niños, más que las niñas, se muestren más relajados ante este movimiento y búsqueda. Por lo tanto, tal vez sean necesarios programas que fomenten formas de participación más emancipadoras de las niñas que vayan más allá de la simple cuestión de acceso y participación en lo que ya está preestablecido, ya sea por la coordinación de Provoc o por los laboratorios.
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