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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/66854
TENDÊNCIA TEMPORAL DO DIABETES MELLITUS NAS CAPITAIS BRASILEIRAS E DISTRITO FEDERAL (2015 A 2021) COM BASE NO INQUÉRITO DE SAÚDE VIGITEL
Santos, Cristiane Pereira dos | Date Issued:
2023
Advisor
Comittee Member
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
O diabetes mellitus (DM) é uma das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) mais prevalentes mundialmente em adultos e está entre as principais causas de perda de anos de vida saudável, o que se agrava com o acelerado envelhecimento populacional no Brasil. O objetivo deste estudo foi a análise da tendência temporal da prevalência do DM e dos fatores de risco e de proteção para DM na população adulta (≥ 18 anos), no período de 2015 a 2021. Trata-se de estudo observacional ecológico de série temporal que utilizou os dados do sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para as Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) do Ministério da Saúde. As estimativas das frequências (%) de diagnósticos médicos prévios de DM e dos fatores de risco e proteção associados à ocorrência de DM, autorreferidos e apresentados no Vigitel, como médias e seus intervalos de confiança de 95% (IC 95%) foram obtidos a partir de 318.273 entrevistas telefônicas de indivíduos adultos e moradores das 26 capitais brasileiras e Distrito Federal. Os indicadores do Vigitel foram analisados quanto à tendência de variação temporal, de 2015 a 2021, empregando-se o modelo de regressão linear para determinação do coeficiente de regressão. A variação foi considerada significativa quando o coeficiente de regressão foi estatisticamente diferente de zero (p ≤ 0,05). Além deste teste, foram realizados, o teste runs para a verificação da linearidade das retas e das diferenças entre as inclinações das retas e interceptos e o teste Shapiro-Wilk para análise da aderência das estimativas à distribuição normal. Do total dos indivíduos entrevistados, 36,6% foram do sexo masculino e 63,4% do sexo feminino. Os resultados mostram que não foram significativas, a variação temporal da % de DM, na população adulta total, em homens e mulheres (p≥0,2), em seis faixas de idade (p≥0,1) e três níveis de escolaridade (p≥0,3), bem como, nas cinco macrorregiões brasileiras (p≥0,1). A tendência temporal dos fatores de risco para DM, como, o tabagismo, obesidade, consumo abusivo de álcool e consumo regular de refrigerantes e dos fatores de proteção, como consumo regular de frutas e hortaliças e a prática de atividades físicas foram também analisados no mesmo período de tempo... A vigilância dos fatores de risco e de proteção para DCNT, em especial para o DM, permite identificar condicionantes sociais, econômicos e ambientais. No período de 7 anos (2015-2021) houve estabilidade na prevalência de alguns indicadores, como do DM e do consumo abusivo de álcool e variações, principalmente, de alguns indicadores, como aumentos na % de obesidade, diminuições nos consumos regular de frutas e hortaliças e regular de refrigerantes, o que reforça a importância do monitoramento contínuo e da sustentabilidade de programas de promoção à saúde. A análise dos dados por capitais brasileiras pode subsidiar o planejamento de programas e ações locais de prevenção de DCNT e seus fatores de risco, tanto individuais quanto coletivas.
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