Please use this identifier to cite or link to this item:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/65673
Type
ArticleCopyright
Open access
Sustainable Development Goals
03 Saúde e Bem-EstarCollections
Metadata
Show full item record2
CITATIONS
2
Total citations
0
Recent citations
n/a
Field Citation Ratio
n/a
Relative Citation Ratio
A JUDICIALIZAÇÃO DA SAÚDE: BREVES COMENTÁRIOS
La judicialización del derecho a la salud: breves comentarios
Alternative title
Judicialization health: briefingsLa judicialización del derecho a la salud: breves comentarios
Affilliation
Universidade de Coimbra. Faculdade de Direito. Coimbra, Portugal.
Associação Lusófona do Direito da Saúde. Coimbra, Portugal.
Associação Lusófona do Direito da Saúde. Coimbra, Portugal.
Abstract in Portuguese
O artigo tem como escopo apresentar a judicialização da saúde, tema que vem tomando espaço nas discussões doutrinárias e jurisprudenciais, onde indivíduos que necessitam de remédios ou tratamentos (simples ou de alto valor), recorrem ao judiciário para terem a concretização do seu direito à saúde. Os magistrados nessas demandas comumente colocam a questão da saúde, como sinônimo de vida, acima de qualquer outra questão, condenando com frequência ao fornecimento de tratamentos/medicamentos, mesmo quando não há a real comprovação dessa necessidade, nem mesmo atentando-se para o dano causado ao coletivo, ao obrigar o Poder Público a gastar uma grande quantia com um só individuo, que já se encontra debilitado. Ocorre que a concessão nessas demandas individuais leva à desarticulação das políticas públicas voltadas para saúde, as quais são propostas e aprovadas pelos Poderes Legislativo e Executivo, valorizando o direito de poucos – os que têm acesso ao judiciário – em detrimento da maioria. Por ser um direito social, o direito à saúde depende das escolhas políticas feitas pelos entes políticos, tendo a sua limitação por questões financeiras ou mesmo técnicas, não cabendo ao Judiciário fazer essas escolhas, nem mesmo impor aos outros Poderes tal fornecimento.
Abstract
The following article aims to present the health judicialization, an issue that
has been taken performance in discussions and case law, in which individuals who need
drugs and medical treatment (either simple or of a high value) require Judicial Branch in
order to take health right provided. Magistrates, in such demands, have figure out the
health issue as a synonym of life, over whatever matter, and frequently they have
adjudged to provide drugs/treatment, even when there is no real evidence of this need,
neither taking into account damage caused to the collective whereas obligate Public
Authorities to spend a great amount of funds with a single individual, since he/she is
being vulnerable. Granting of these individual demands leads to the dismantling of public
policies for health, which are proposed and approved by the Legislative and Executive
Branches, what values the rights of the few - those who have got access to Judicial
Branch - to the detriment of the majority. Being a social right, the right to health depends on the political choices made by political entities, with their constraints by financial or
even technical issues, it is not Judicial Branch competence to make those choices, even
impose on other Branches such supply.
xmlui.dri2xhtml.METS-1.0.item-abstractes
El siguiente artículo tiene como objetivo presentar la judicialización de la
salud, un tema que ha ganado espacio en las discusiones doctrinales y
jurisprudenciales, en el cual las personas que necesitan de medicamentos o
tratamientos (valor simple o alto), recurren al Poder Judicial para tener la aplicación de
su derecho a la salud. Los Magistrados, en esas demandas, a menudo plantean la
cuestión de la salud como sinónimo de vida, más que cualquier otro tema, sentenciando
con frecuencia al financiamiento de tratamientos/ medicamentos, incluso cuando no hay
ninguna evidencia real de esta necesidad, ni siquiera reflejan acerca de los daños
causados al colectivo cuando obligan el Gobierno a gastar un gran numerario con un
solo individuo, que ya se encuentra debilitado. Resulta que la concesión de estas
demandas individuales conduce al desmantelamiento de las políticas públicas para la
salud, propuestas y aprobadas por las Ramas Legislativa y Ejecutiva, valorando el
derecho de unos pocos - los que tienen acceso a la Rama Judicial - en detrimento de la
mayoría. Al ser un derecho social, el derecho a la salud depende de las decisiones
políticas tomadas por las entidades políticas, con su limitación por cuestiones
financieras o técnicas, y no compete al Poder Judicial tomar esas decisiones, incluso
imponer a las otras Ramas dicho suministro.
Share