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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/67130
DISPUTAS POLÍTICAS E IMPACTOS SOCIOECONÔMICOS, INCERTEZAS E AVANÇOS CIENTÍFICOS: AS MÚLTIPLAS DIMENSÕES DA CIÊNCIA E DA SAÚDE NA COBERTURA DA PANDEMIA DE COVID-19 POR JORNAIS DO BRASIL, ESTADOS UNIDOS, REINO UNIDO E CHINA
Divulgação Científica
Jornalismo Científico
Processamento de Linguagem Natural
Comunicação e Divulgação Científica
Jornalismo Científico
Processamento de Linguagem Natural
Neves, Luiz Felipe Fernandes | Date Issued:
2023
Author
Advisor
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Abstract in Portuguese
A mídia costuma acompanhar com interesse – e certa apreensão – o surgimento de novas doenças pelo mundo, como foi o caso da SARS, da gripe aviária (H5N1), da gripe A (H1N1), da MERS, dentre outras. No início de 2020, a atenção se voltaria para uma pneumonia desconhecida causada por um novo tipo de coronavírus. Era o início da crise sanitária provocada pelo SARS-CoV-2, patógeno causador da COVID-19. A produção de conteúdo jornalístico procurou atender à crescente demanda por informações, consumidas por um público que se viu confinado devido às medidas de isolamento impostas para tentar frear a disseminação da doença, que logo atingiria o estado pandêmico. Esta pesquisa se insere nesse contexto de cobertura jornalística integral e de produção massiva de conteúdo relacionado à maior crise sanitária da história recente. O objetivo foi traçar um panorama internacional, longitudinal e comparativo da cobertura jornalística da pandemia de COVID-19 por meio da análise de notícias, reportagens e artigos produzidos por jornais de elite de quatro países: Folha de S.Paulo (Brasil), The New York Times (Estados Unidos), The Guardian (Reino Unido) e China Daily (China). Trata-se de uma pesquisa de métodos mistos, de abordagem quali-quantitativa e que empregou recursos computacionais para a coleta, processamento e análise dos dados, realizada por meio de mineração de texto e Processamento de Linguagem Natural. Dessa forma, analisouse o mais próximo possível da cobertura completa dos quatro jornais, totalizando 95.970 textos jornalísticos publicados em 2020 e 13.387 manchetes publicadas em 2020 e 2021. As análises revelam as características gerais da cobertura jornalística da pandemia de COVID-19 e, em particular, da cobertura relacionada à vacina, no que diz respeito a tópicos, abordagens e atores presentes/ausentes; em que medida e de que forma a imprensa noticiou estudos ainda não revisados por pares (pré-print); e os enquadramentos utilizados para combater a desinformação e o negacionismo científico. Os resultados apontam para um estado de atenção generalizada que permitiu diversificar a cobertura jornalística relacionada aos processos científicos e às múltiplas dimensões da ciência e da saúde, embora nem sempre com a devida acurácia ao abordar resultados preliminares de pesquisas. Em alguns casos, observou-se que disputas políticas foram predominantes no noticiário, fazendo que autoridades políticas negacionistas dominassem o debate público. Nesse contexto, o jornalismo buscou reafirmar seu histórico de autoridade epistêmica, em articulação com a autoridade epistêmica da ciência, na disputa pela verdade
Abstract
The media usually follows with interest – and some apprehension – the emergence of new diseases around the world, such as the case of SARS, avian flu (H5N1), influenza A (H1N1), MERS, among others. In early 2020, attention turned to an unknown pneumonia caused by a new type of coronavirus. It was the beginning of the health crisis caused by the SARS-CoV-2, the pathogen responsible for COVID-19. The production of journalistic content sought to meet the growing demand for information, consumed by a public that found itself confined due to isolation measures imposed to try to slow the spread of the disease, which would soon reach a pandemic state. This research fits into this context of comprehensive journalistic coverage and massive production of content related to the greatest health crisis of recent history. The objective was to outline an international, longitudinal, and comparative panorama of the journalistic coverage of the COVID-19 pandemic through the analysis of news, reports, and articles produced by elite newspapers from four countries: Folha de S.Paulo (Brazil), The New York Times (United States), The Guardian (United Kingdom), and China Daily (China). It is a mixed-method research with a quali-quantitative approach that employed computational resources for data collection, processing, and analysis, carried out through text mining and Natural Language Processing. Thus, the analysis was conducted as close as possible to the complete coverage of the four newspapers, totaling 95,970 journalistic texts published in 2020 and 13,387 headlines published in 2020 and 2021. The analyses reveal the general characteristics of the journalistic coverage of the COVID-19 pandemic and, in particular, the coverage related to the vaccine, regarding topics, approaches, and present/absent actors; to what extent and in what way the press reported studies not yet peer-reviewed (preprints); and the frames used to combat misinformation and scientific denialism. The results point to a state of widespread attention that allowed for diversifying the journalistic coverage related to scientific processes and the multiple dimensions of science and health, although not always with the due accuracy when addressing preliminary research results. In some cases, it was observed that political disputes were predominant in the news, leading to denialist political authorities dominating the public debate. In this context, journalism sought to reaffirm its historical epistemic authority, in articulation with the epistemic authority of science, in the dispute for truth
Keywords in Portuguese
COVID-19Divulgação Científica
Jornalismo Científico
Processamento de Linguagem Natural
DeCS
COVID-19Comunicação e Divulgação Científica
Jornalismo Científico
Processamento de Linguagem Natural
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